11/22/2024

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40% das principais profissões têm escassez de mão de obra, segundo CNC; saiba quais são

A taxa de desocupação recuou, no trimestre encerrado em julho, 0,7 ponto percentual na comparação com o trimestre de fevereiro a abril de 2024. Agora, ela é de 6,8%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda assim, o número de profissões com indícios de escassez de mão de obra, entre as mais representativas do mercado formal, atingiu nível recorde em junho deste ano. O levantamento é da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que também usou dados do Banco Central (BC).

Considerando as 231 principais profissões, a pesquisa mostrou que, em junho de 2024, 40% delas tinham indícios de escassez de mão de obra.

Nos últimos dez anos, esse percentual foi atingido em apenas em outro momento: dezembro de 2021. Na série histórica apresentada pela Confederação, que considera os meses de junho e dezembro ano a ano, o percentual nunca foi tão alto quanto este.

Os dados se mostram ainda mais discrepantes quando observado que, em junho de 2014, a quantidade dessas ocupações com escassez era menor que 15%.

A questão é que, segundo a CNC, historicamente, a baixa incidência de escassez de mão de obra está relacionada a momentos de retração do nível de atividade econômica. Entre junho de 2015 e dezembro de 2017, por exemplo, a taxa estava em 0%.

Vale destacar que são consideradas profissões com indícios de escassez “aquelas em que, apesar da ampliação de vagas, o salário de admissão avança de forma mais intensa que a média do mercado formal de modo a estimular a admissão de novos profissionais”.

Confira a seguir as principais profissões com indícios de escassez nos 12 meses encerrados em junho de 2024:

  • Helpdesk: variação de 16,6% do salário de admissão com mais de 6,3 mil vagas criadas;
  • Agente de vendas de serviços: variação de 16,1% do salário de admissão com mais de 4,1 mil vagas criadas;
  • Caldeireiro: variação de 12,8% do salário de admissão com mais de 2 mil vagas criadas;
  • Montador de estruturas metálicas: variação de 11,4% do salário de admissão com mais de 4,7 mil vagas criadas;
  • Auxiliar de farmácia de manipulação: variação de 11% do salário de admissão com mais de 2,7 mil vagas criadas;
  • Cumim/assistente de garçom: variação de 10,2% do salário de admissão com mais de 9,5 mil vagas criadas;
  • Auxiliar de serviços jurídicos: variação de 10% do salário de admissão com mais de 2,7 mil vagas criadas;
  • Trabalhador da manutenção de edificações: variação de 9,9% do salário de admissão com mais de 14,9 mil vagas criadas;
  • Analista de negócios: variação de 9,8% do salário de admissão com mais de 5,6 mil vagas criadas;
  • Serralheiro: variação de 9,3% do salário de admissão com mais de 2,4 mil vagas criadas;
  • Psicólogo clínico: variação de 8,7% do salário de admissão com mais de 2,1 mil vagas criadas;
  • Garagista: variação de 8,6% do salário de admissão com mais de 4,6 mil vagas criadas;
  • Vendedor em domicílio: variação de 8,3% do salário de admissão com mais de 3,1 mil vagas criadas;
  • Garçom: variação de 8% do salário de admissão com mais de 8,6 mil vagas criadas;
  • Auxiliar de escritório: variação de 8% do salário de admissão com mais de 99 mil vagas criadas;
  • Inspetor de alunos de escola pública: variação de 7,8% do salário de admissão com mais de 8 mil vagas criadas;
  • Auxiliar de pessoal: variação de 16,6% do salário de admissão com mais de 6 mil vagas criadas;
  • Auxiliar de contabilidade: variação de 7,8% do salário de admissão com mais de 7,8 mil vagas criadas;
  • Auxiliar de logística: variação de 7,7% do salário de admissão com mais de 60 mil vagas criadas;
  • Copeiro: variação de 7,7% do salário de admissão com mais de 4,9 mil vagas criadas.

A Confederação destaca ainda que, apesar de a taxa de crescimento da economia ter superado as expectativas no primeiro semestre, os recordes de escassez podem estar associados a outros fatores além do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), como a redução da população na força de trabalho.

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