A ginasta Rebeca Andrade falou sobre o futuro da carreira, nesta quarta-feira (7). Em entrevista coletiva concedida na França, a brasileira admitiu que não pretende mais disputar as provas de solo. No entanto, deixou uma condição para um possível retorno.
“Fiquei muito feliz que eu fechei com o chave de ouro, porque já era algo que eu estava pensando há um tempo. Então, ter encerrado assim esse aparelho foi muito bom. Mas como eu também já falei antes, se precisarem de mim e eu sentir que eu tenho saúde suficiente, que minha cabeça está boa e que eu estou conseguindo treinar pra fazer, eu vou ajudar a minha equipe”, revelou.
Quem também falou sobre a situação foi o técnico da Seleção Brasileira, Chico Porath. O comandante ressaltou a dificuldade na preparação do exercício em função do quadro clínico de Rebeca – que passou por três cirurgias no joelho direito.
“É muito sofrido pra ela. É claro que a gente tem outras meninas, nós temos meninas pra evoluir, tem uma nova geração vindo que podem fazer solos maravilhosos pra equipe e que a gente não precise, digamos assim, sacrificar mais uma preparação pra Rebecca. Se for a vontade dela se sentir bem, se for saudável, achar uma música que mexa com ela, com certeza isso vai ser possível”, afirmou.
Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do Brasil, tem 25 anos. A brasileira ainda mira a disputa de mais uma edição de Jogos Olímpicos, daqui quatro anos, em Los Angeles. Sem o solo, Rebeca disputaria apenas provas específicas de aparelho.
Ginástica do Brasil em Paris
O Brasil encerrou as atividades na modalidade com a melhor campanha da história na Olimpíada: foram quatro medalhas.
Todas as conquistas foram no naipe feminino. O Brasil foi bronze na competição por equipes, prata no salto e individual geral, além do ouro no solo. Rebeca Andrade esteve em todas as conquistas.
Antes, a melhor campanha havia sido conquistada nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Naquela edição, o Brasil saiu com três medalhas: duas pratas (Arthur Zanetti nas argolas, Diego Hypolito no solo) e um bronze (Arthur Nory no solo).
As conquistas na França aumentaram uma sequência que começou em Londres 2012. Desde os Jogos na Inglaterra, o Brasil conquista ao menos uma medalha na Olimpíada.
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