A atividade empresarial dos Estados Unidos desacelerou para uma mínima de quatro meses em agosto e as empresas continuaram tendo dificuldades para repassar os preços mais altos aos consumidores, reforçando a probabilidade de que a inflação permaneça em uma tendência de queda nos próximos meses.
A S&P Global informou nesta quinta-feira (22) que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) dos EUA, que acompanha os setores industrial e de serviços, ficou em 54,1 neste mês, um pouco abaixo da leitura final de 54,3 em julho, mas ainda acima de 50, o que representa expansão.
Um ligeiro aumento no setor de serviços foi superado por uma queda no setor industrial.
Os preços médios cobrados por bens e serviços aumentaram no ritmo mais lento desde janeiro e agora estão em níveis que a S&P Global considera consistentes com a meta de inflação de 2% do Federal Reserve. Isso ecoou os relatos das empresas de que os clientes estão resistindo aos preços altos.
A inflação em julho, em uma base anual, desacelerou para menos de 3% pela primeira vez em quase três anos e meio, informou o Departamento do Trabalho na semana passada.
O PMI composto praticamente inalterado deu a entender que a atividade econômica permaneceu em uma base sólida no decorrer do terceiro trimestre. O Produto Interno Bruto (PIB) aumentou a uma taxa anualizada de 2,8% no segundo trimestre, superando o ritmo de 1,4% registrado no trimestre de janeiro a março.
O nível de emprego no setor privado caiu, com um declínio no setor de serviços acompanhado pela adição do menor número de empregos no setor industrial desde janeiro.
O PMI de manufatura da pesquisa recuou para uma mínima de oito meses, a 48 este mês, de 49,6 em julho. Economistas consultados pela agência Reuters haviam previsto que o índice do setor, que responde por 10,3% da economia, permaneceria inalterado.
O PMI de serviços subiu para 55,2, de 55 em julho, contrariando as expectativas dos economistas de uma queda para 54.