O economista-chefe da ARX Investimentos, Gabriel Barros, alertou que os mecanismos do governo para financiar projetos estão impactando significativamente as contas públicas do país.
No WW desta terça-feira (27), Barros afirmou que o governo está, ao longo do tempo, aumentando o montante de recursos que são deduzidos da meta fiscal.
“Começa pequenininho e vai aumentando”, explicou o especialista, traçando um paralelo com práticas observadas no passado.
Situações similares ocorridas durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando uma série de investimentos começaram a ser deduzidos da meta de superávit primário.
“Na época, não existia o teto de gastos, era a meta de resultado primário, e aí algumas despesas foram deduzidas da meta de resultado primário”, detalhou Barros.
O economista exemplificou o caso citando o Projeto Piloto de Investimentos (PPI), que inicialmente abrangia apenas alguns investimentos, mas posteriormente se expandiu para incluir parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e, eventualmente, todo o programa.
Estratégia de longo prazo
A atual estratégia do governo, segundo análise, pode ter um olhar voltado para as eleições de 2026.
“É uma estratégia que me parece estar de olho lá em 26 no eleitoral para poder turbinar e usar essa brecha cada vez mais.”