11/22/2024

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Mercado do bem-estar sexual atrai pequenos negócios | ASN Nacional

A sexóloga e terapeuta Sabrina Munno carrega na mala produtos para vender em eventos que participa. Foto: divulgação

No próximo dia 6 de setembro é celebrado o Dia do Sexo. Com criatividade, a data foi criada em 2008, a partir de uma jogada de marketing de uma importante marca de preservativos para estimular a venda dos seus produtos. Para quem empreende no segmento de bem-estar sexual, o dia pode ser uma boa oportunidade para atrair atenção para o negócio.

Com foco no prazer, saúde e cuidado íntimo, o mercado de bem-estar sexual é um setor que se mantém aquecido nos últimos anos. Com uma grande variedade de produtos, como brinquedos eróticos (sex toys), lubrificantes, massageadores, cosméticos íntimos, comestíveis e roupas íntimas.

De acordo com dados da Statista (plataforma especializada em coleta de dados), as projeções para vendas do setor de produtos eróticos são muito positivas. Estima-se que até 2030, o mercado mundial de sex toys, conhecidos como brinquedos eróticos, atinja US$ 80,7 bilhões, quase o dobro do esperado para este ano (US$ 44 bilhões).

Os números mostram um mercado muito promissor e refletem uma mudança de comportamento do consumidor. Assuntos relacionados ao sexo e ao prazer ainda são um tabu, mas atraem cada vez mais o interesse do público, principalmente feminino e de uma nova geração de consumidores com idade entre 25 e 35 anos.

Flávio Petry, analista de Competitividade do Sebrae Nacional

Basta lembrar que celebridades como as cantoras Anitta e Rihanna também empreendem no setor. A cantora brasileira fez uma parceria com a farmacêutica Cimed para desenvolver a fragrância do seu perfume íntimo e a pop star mundial é dona da marca de lingerie Savange X Fenty, conhecida pelos modelos que abusam da sensualidade para todos os gêneros e corpos.

Para todos os tamanhos e formatos

Segundo Petry, o mercado de bem-estar sexual ainda não está consolidado entre os grandes players, o que favorece a entrada de pequenos negócios no setor tanto no ambiente físico quanto no on-line. “Enquanto o ambiente digital favorece o anonimato tanto para o empreendedor quanto para o cliente que têm receio de se expor, o atendimento presencial agrega valor ao relacionamento com o cliente que quer se sentir mais seguro na hora de comprar um produto ou adquirir um serviço”, esclarece.

O analista do Sebrae também chama atenção para que outros segmentos aproveitem o momento para gerar oportunidades de venda. Entre eles, destacam-se farmácias, salões de beleza, lojas de moda íntima com seções específicas e até mesmo docerias.

Quem empreende também tem que saber nichar as oportunidades. Neste aspecto, esse é um mercado muito favorável para atender públicos específicos, como LGBTQIA+, mulheres, consumidores de luxo, entre outros.

Flávio Petry, analista de Competitividade do Sebrae Nacional

Além do prazer

Com o compromisso de disponibilizar informação de qualidade e orientação, a sexóloga e terapeuta Sabrina Munno é dona da Santa Sensualidade, empresa que organiza eventos para mulheres, como chá de lingerie, despedida de solteira, encontro de amigas, além de eventos corporativos e, até mesmo, em igrejas.

Há 8 anos atuando no mercado de bem-estar sexual, ela abriu mão de uma carreira consolidada como gerente de projetos em uma multinacional para encarar o desafio de falar sobre sexualidade de forma leve e educativa.

Sabrina Munno, sexóloga e terapeuta. Foto: divulgação

Comecei de forma tímida, em sociedade com duas amigas. Tínhamos um script e vendíamos os produtos. A partir de 2018, percebemos um aumento da demanda e resolvemos estruturar melhor o negócio. Criamos um site, começamos a fazer campanhas no Google e abrimos um conta no Instagram”, lembra.

Em 2021, com o fim da sociedade, Sabrina assumiu o negócio com apoio do marido. Ela se dedicou a reformular todo o negócio e resolveu aparecer nos perfis na Internet. Os resultados positivos não demoraram a aparecer. “No ano seguinte, tivemos 37% de crescimento em comparação ao período anterior da pandemia”, relata.

Desde o ano passado, ela atende como terapeuta em um espaço próprio no bairro de Santa Cecília, na capital paulista. O local foi escolhido estrategicamente com acesso fácil ao metrô. Além do funcionamento do consultório, os espaço abriga também uma loja e espaço para pequenos eventos com grupos de até 10 pessoas.

Eu faço um atendimento com hora marcada para os clientes – que também incluem casais. O local é reservado e antes de realizar uma venda, eu gosto de entender qual a real necessidade daquela compra. Mais do que vender um produto, eu penso no bem-estar dos clientes.

Sabrina Munno, sexóloga e terapeuta

Com uma equipe de sete colaboradoras, a empresária investe no treinamento da equipe e na curadoria dos produtos. O objetivo é ampliar o alcance do negócio. Atualmente, além de São Paulo, a empresa atende em Curitiba (PR). A meta de crescimento já foi ultrapassada para este ano. “Superamos a expectativa de 20% e em julho já chegamos em 33% de aumento da nossa demanda” comemorou.

Todos os anos, a empreendedora faz um planejamento para o negócio. Neste ano, por exemplo, ela criou uma loja on-line para a venda de produtos e desenvolveu novos temas para as palestras.

É uma luta diária e estou atenta a tudo, o tempo todo. Essa é uma área desafiadora em todos os sentidos. Eu me dediquei a estudar muito porque eu não queria ser mais uma no mercado. Também tenho muito cuidado com o que eu posto nas redes sociais.

Sabrina Munno, sexóloga e terapeuta

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