Em entrevista à CNN, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, defendeu a recomposição do imposto de importação para veículos elétricos e híbridos no Brasil.
Leite enfatizou que a Anfavea não está propondo um aumento do imposto, mas sim uma recomposição para a tarifa padrão.
“O que nós temos defendido é simplesmente a recomposição do imposto de importação”, afirmou o presidente, destacando que a medida visa equilibrar o mercado e não prejudicar o consumidor.
Contexto internacional e estoque elevado
O presidente da Anfavea contextualizou a situação, mencionando que outros países têm adotado medidas semelhantes: “Os Estados Unidos aumentaram agora a alíquota de imposto de importação de carros elétricos para mais de 100%. Já o Canadá, a Índia, a China e a Europa, em torno de 50%”.
Leite também chamou a atenção para o elevado estoque de veículos importados da China no Brasil, estimado em cerca de 80 mil unidades.
Este número é considerado significativo, especialmente quando comparado ao total de 120 mil veículos de novas tecnologias emplacados durante todo o ano anterior.
Equilíbrio entre indústria nacional e importações
A Anfavea argumenta que a recomposição do imposto de importação é necessária para equilibrar o mercado e proteger a indústria nacional, sem limitar as opções do consumidor.
“Entendemos que deveria haver a recomposição imediata do imposto de importação para beneficiar a indústria, mas de forma alguma prejudicar o consumidor”, explicou Leite.
A associação defende que a medida traria mais previsibilidade para a indústria automobilística brasileira, alinhando as alíquotas dos veículos elétricos e híbridos com as praticadas para veículos a combustão, atualmente em 35%.