O 2° Encontro Sergipano de Carcinicultores foi realizado nesta terça-feira, 22, fruto de parceria entre o Sebrae e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). O auditório do Sebrae recebeu os envolvidos na cadeia produtiva de camarão no estado, produtores rurais, empresários e poder público.
A importância do Encontro é marcada pelos números da produção em Sergipe, que abrange produtores de 16 municípios do litoral. O estado tem a quarta maior produção de camarões do Brasil e, de acordo com o IBGE, produziu mais de quatro toneladas em 2023, o que corresponde ao valor de R$73 milhões.
Brenno Barreto, diretor técnico do Sebrae destacou que o encontro tem o objetivo de conectar os atores do setor e mantê-los informados sobre o que há de inovador no mercado. “O Sebrae abraça, com este encontro, todos os participantes dessa cadeia produtiva tão valiosa para o nosso estado. Estamos fomentando discussões importantes para o setor, além de ouvirmos as dificuldades do produtor que podem ser resolvidas com as nossas soluções”.
Para atender toda a cadeia ligada à criação de camarões foi idealizada uma programação com cinco painéis: Ações Governamentais, Cooperativismo, Regularização da Carcinicultura, Inovação e Mercado e Comercialização. Questões como licenciamento ambiental, Censo da Carcinicultura e estudos de caso, a exemplo de compras coletivas e camarão na merenda escolar, foram abordadas no evento.
O carcinicultor Acácio Ramos, inscreveu-se no encontro para acompanhar as discussões em torno das licenças ambientais. “Nós temos muita dificuldade com o manejo do solo do viveiro, por exemplo, e o Sebrae tem nos ajudado com isso, trazendo conhecimento que não tínhamos nesse tema. Informação é sempre importante e hoje quero saber mais sobre a regularização da minha atividade, sobre licença ambiental, pois só cumprindo todas as exigências podemos ter acesso a crédito”, explicou Ramos.
Luís Nakanishi, gestor da cadeia de carcinicultura no Sebrae, falou sobre a adesão do público. “Estamos com o auditório lotado de pessoas com real interesse no assunto. Estão aqui carcinicultores, empresários que fornecem produtos e insumos, além de pesquisadores à frente de projetos de extensão. A diversidade no público nos apontou a necessidade do diálogo, por isso, abrimos um espaço de escuta para dúvidas, sugestões e ouvirmos os produtores”, concluiu.