Membros do governo brasileiro engajados na negociação do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia negam que a “polêmica do Carrefour” impacte a rodada de conversas presenciais entre os blocos que acontece nesta semana em Brasília.
Sob reserva, quadros da Esplanada dos Ministérios reforçaram à CNN que a negociação acontece neste momento em nível técnico.
Assim, os debates não estariam sujeitos à interferência desta discussão. Não está descartado, porém, que numa fase posterior de discussões as repercussões políticas do caso impactem decisões dos países-membros, disse uma das fontes.
As conversas presenciais no Itamaraty começam nesta terça-feira (26) e vão até a sexta-feira (29).
Os trabalhos contarão com a presença do negociador-chefe da UE, Rupert Schlegelmich. Na última quarta-feira (20), o CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, indicou que os supermercados no país não iriam mais comercializar carnes do Mercosul.
A decisão acarretou uma série de repercussões no Brasil, com com direito à retaliação ao fornecimento de carne à empresa e pronunciamento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).