“Aqui tem Castanha” celebra sergipanidade na Praça General Valadão – FaxAju

“Aqui tem Castanha” celebra sergipanidade na Praça General Valadão – FaxAju

Durante o final de semana, a Praça General Valadão, no Centro de Aracaju, recebeu a primeira edição do Festival ‘Aqui tem Castanha’, que celebra e valoriza a identidade sergipana. O evento conta com o apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap).

Além de contar com dois palcos com muita música e apresentações de cultura popular, o evento também disponibilizou espaços de gastronomia, economia criativa e palestras para o público.

Para a diretora de Marketing do festival, Thaís Soares, o evento é uma oportunidade de valorizar riquezas que não são tão faladas. “Todo mundo fala muito do caju, mas a gente esquece da preciosidade que é a castanha, da nossa terra, da nossa cultura, então o evento foi pensado para a valorização da cultura local e a cultura é também gastronômica, ela é patrimonial. Aqui a gente tem uma diversidade de ritmos, é um festival focado nisso. Nosso povo também é empreendedor, então o evento é uma panorâmica do que a gente tem de melhor”, ressaltou.

Sobre a escolha do centro da cidade, a diretora explicou que a ideia é valorizar ainda mais essa região. “Trouxemos o evento para essa praça, para esse Marco Zero de Aracaju, para mostrar que, além de tudo, temos lugares belíssimos que só precisam ser vistos de outro ângulo. A gente vê falar muito Marco Zero de Recife, de Salvador, então vamos falar do nosso também. É a primeira edição desse projeto que foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo e a ideia é ter a segunda, terceira, quarta edição, que entre no calendário da nossa cidade”, reforçou Thaís.

A artesã Larissa Batista Dias ficou muito satisfeita com as vendas que o festival proporcionou. “Eu achei incrível aqui, a venda foi ótima, as pessoas passavam muito por aqui, foi muito legal. Muitas pessoas começaram a me seguir nas redes, viram o meu trabalho, elogiaram, compraram, saíram mostrando para todo mundo, então eu acho que esse local faz circular um grande número de pessoas”, comemorou.

A biomédica Jarina Dantas esteve no festival acompanhada da família. Quem apresentou o evento foi sua filha, Maria Júlia. “Eu particularmente acho fantástico trazer variadas áreas, que a gente não está acostumado a ver dentro do shopping ou em lugares mais movimentados da cidade. Estou amando, eu gosto muito desse estilo de movimento, desse estilo de organização, das músicas. E existe um conceito de que o Centro só é movimentado na hora do comércio e esse evento trouxe essa desmistificação, mostra que o Centro não é um lugar de funcionamento somente durante o dia”, contou.

A estudante Maria Júlia Dantas soube do festival por meio de uma amiga que estava expondo no local e decidiu prestigiar. “Eu achei muito interessante, principalmente por estar no Centro, que não é muito ocupado por essas coisas culturais, é mais nas horas mais movimentadas do dia, então eu acho bem interessante movimentar essa região. Poder vir aqui olhar as coisas, provar coisas diferentes, ver os shows assim de graça, é muito legal, muito interessante”, enfatizou a estudante.

Programação

Dentro da programação, a palestra sobre direito autoral foi ministrada pelo organizador do evento, Deivid Gonçalves. Ele explicou a importância de respeitar o compositor e sua obra. “Esse ano, o Governo do Estado, por meio da Funcap, fez um acordo que rendeu um faturamento de R$ 2 milhões para os direitos autorais. Então, isso é uma vitória para o mercado, um estado aliado com as práticas de respeito ao direito autoral, principalmente porque em muitos eventos no estado há a presença de artistas locais”, exemplificou.

Alana Santos de Oliveira é empreendedora há 7 anos. No festival ‘Aqui tem Castanha’, ela expôs sua loja de produtos geek. “Eu vejo como um evento que vem agregar muito valor não só na questão de vendas, mas na questão de networking, a gente poder conhecer novas pessoas, novas oportunidades, poder divulgar o nosso comércio também, além de ampliar cada vez mais a cultura de nossa cidade”, enfatizou.

Na programação do último dia do festival, o grupo cultural Descidão dos Quilombolas foi uma das atrações a se apresentar para o público. A diretora de Marketing e percussionista do Descidão dos Quilombolas, Malu Bastos, falou sobre a importância do evento para a disseminação da cultura do estado. “É super importante valorizar a prata da casa, a gente tem artistas extremamente importantes aqui, artistas que têm um significado muito grande, não só para a cultura local, mas também para a cultura nacional e internacional, porque não. Então, é muito importante ter esses espaços, porque são através deles que nosso público conhece o que estamos fazendo. Isso enriquece a cultura, traz mais movimentação para a cidade, e ser no Centro é muito significativo, porque é um local que tem que ser ocupado novamente, a gente tem que trazer as pessoas para cá, é um local de cultura, então é muito importante que haja um evento no Centro. Está de parabéns a organização por essa iniciativa”, concluiu a percussionista.

O jornalista Ítalo Duarte esteve na Praça General Valadão para prestigiar o festival e falou sobre suas impressões. “É muito importante fomentar a cultura, a arte, principalmente no centro da cidade. Reviver o Centro com arte durante o final de semana, durante a tarde, que dá para atrair crianças, famílias, idosos, com um evento todo feito por bandas locais é ótimo. Acho que é essa a importância de agregar todos os tipos de arte em um só lugar, no final de semana. Acho que o caminho para aquecer e reavivar a cultura sergipana, arte sergipana e principalmente o centro de Aracaju é esse”, destacou.

Foto: Camila Gerônimo

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