Entre 1992 e 1995, a Parmalat, então uma poderosa multinacional italiana, gastou muito para contratar uma constelação de craques para o Palmeiras.
Tirou o time da fila para uma enorme sequência de títulos contratando jogadores a peso de ouro, para os padrões da época, craques de diferentes idades.
Nos quatro primeiros anos da parceria, iniciada em 1992, a Parmalat investiu, pelos valores da época, US$ 26,6 milhões numa lista de contratações que teve, entre outros, Zinho, Edmundo, Edílson, Roberto Carlos, Rivaldo, Djalminha e Luizão.
Ao final de 1995, quando, acredite, um real valia mais que um dólar, US$ 26,6 milhões representavam R$ 25,85 milhões.
Pela inflação americana, US$ 26,6 milhões de 1995 valem hoje US$ 56,7 milhões.
Pelo cambio atual, US$ 56,7 milhões compram R$ 350 milhões.
Para a temporada 2025, o Palmeiras caminha para gastar quase R$ 500 milhões com as chegadas de Facundo Torres, Paulinho e a busca por Vitor Roque e Andreas Pereira.
Ou seja: em 4 anos a Parmalat, por valores atualizados, gastou menos do que o Palmeiras planeja gastar agora com apenas quatro jogadores.
Em 1993, o Palmeiras pagou apenas US$ 500 mil por Roberto Carlos. No ano seguinte, Rivaldo custou US$ 2,4 milhões. E o jogador que depois foi eleito o melhor do mundo tinha um salário mensal de R$ 55 mil, ou, por valor atuais, menos de R$ 400 mil, ganho de jogador mediano em clube grande hoje.
O futebol é outro agora. Seu preço também.