O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira, criticou, nesta terça-feira (14), a “cortina de fumaça” e a “mentira” fomentada em plataformas digitais pela extrema direita. Isso, segundo ele, impede que a comunicação do governo chegue para toda a população.
“A informação de serviço não chega na ponta. A população não consegue ver o governo em suas virtudes. A mentira nos ambientes digitais, fomentada pela extrema direita, cria uma cortina de fumaça na vida real, manipula pessoas inocentes e ameaça a humanidade”, disse Sidônio durante o evento de posse no Planalto.
O ministro também criticou a recente decisão da Meta, de encerrar o programa de checagem de fatos e diminuir filtros de conteúdos nos Estados Unidos. “Medidas como as anunciadas recentemente pela Meta são ruins porque afrontam os direitos fundamentais e a soberania nacional, promovendo um faroeste digital”, declarou.
Segundo Sidônio, o movimento de disseminação de desinformação e mentiras “aprofunda o negacionismo, a xenofobia e as violências raciais e de gênero”, além de “promover um revisionismo histórico sob a regência do charlatanismo político, que promete prosperidade imediata e pavimenta a cultura do ódio, do cancelamento e do individualismo”.
Ele declarou que defende a liberdade de expressão, mas lamentou que “o extremismo esteja desvirtuando esse conceito para viabilizar a liberdade de manipulação e agressão”. Na visão do ministro, o combate às fake news é um problema mundial e a comunicação está no “centro dos desafios mundiais”.
O publicitário foi escolhido para o cargo com o objetivo de melhorar a imagem do governo. Na semana passada, o Planalto anunciou a saída do então ministro da Secom, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), e a escolha de Sidônio como substituto.
O novo chefe da Secom trabalhou na campanha presidencial de Lula, em 2022, e terá, como missão, modernizar a comunicação do Executivo, além de enfrentar as fake news que miram o governo e ganham alcance nas redes sociais.