De acordo com fontes da Polícia Federal a tornozeleira eletrônica usada por Jair Bolsonaro (PL) foi rompida na madrugada após “grave violação”. Foram afastados qualquer problema de bateria no aparelho usado pelo ex-presidente, preso na manhã deste sábado, 22, por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Na decisão da prisão preventiva, Moraes afirmou que o ex-presidente tentou romper a tornozeleira às 0h08. No documento, o ministro cita que Bolsonaro tentaria fugir durante a confusão causada pela manifestação convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em frente ao condomínio de seu pai, em Brasília.
De acordo com relatos dos investigadores, Bolsonaro não apresentou nenhuma resistência à prisão. “Não deu nem um soluço”, disse uma das fontes. Segundo aliados, o ex-presidente jantou uma canja ontem à noite na companhia de quatro irmãos e dois cunhados.
No momento da prisão, ele estava acompanhado do irmão de Michelle, Eduardo Torres, e de um dos seus irmãos. A ex-primeira-dama não estava em casa, já que fazia uma viagem ao Ceará. Não havia filhos do ex-presidente na casa, segundo aliados.
A defesa do ex-presidente disse que a prisão preventiva pode colocar a vida do político “em risco”. “O estado de saúde de Jair Bolsonaro é delicado e sua prisão pode colocar sua vida em risco. A defesa vai apresentar o recurso cabível”, afirma nota enviada pelos advogados.