O vice-ministro do Turismo da Arábia Saudita, Sultan M. Al Musallam, convidou técnicos do governo brasileiro a auxiliarem o país do Oriente Médio a desenvolver o turismo litorâneo em sua costa oeste, voltada ao Mar Vermelho. A sinalização ocorreu em reunião bilateral junto a secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Lopes.
No encontro voltado a firmar cooperação entre os países no turismo, o país árabe indicou que gostaria de aproveitar a experiência brasileira na exploração sustentável da sua costa marítima. A ideia é impulsionar a costa voltada ao Mar Vermelho como um destino de sol e praia.
Em contrapartida, o país árabe reforçou a intenção de criar uma rota direta com o Brasil, por meio da Saudi Air. Atualmente o governo saudita produz estudos para definir quais serão os destinos contemplados por essas rotas.
Na avaliação da representante brasileira, a Arábia Saudita é um grande emissor no mercado turístico e o Brasil é um destino tem potencial para atrair estes visitantes. O encontro bilateral ocorreu em meio à 2ª Conferência Internacional sobre Resiliência do Turismo e Gestão de Crise.
O país árabe se colocou à disposição para cooperar com o Brasil na organização da cúpula do G20 — agendada para os dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro — considerando a recente experiência que eles tiveram à frente do grupo em 2020.
Técnicos do Brasil vão à Arábia por investimentos
A CNN mostrou recentemente que a Arábia Saudita será destino no “road show” de membros do governo para apresentar a investidores projetos do Novo PAC. A visita ao país do Oriente Médio está prevista para o segundo semestre deste ano, e a ideia é atrair tanto dinheiro de fundos soberanos quanto de parceiros privados.
No ano passado, a Arábia Saudita anunciou que vai aplicar US$ 10 bilhões no Brasil — com a maior parte do dinheiro concentrada no fundo soberano saudita, o Saudi Arabia Public Investment Fund (PIF).
O PIF investiu US$ 31,6 bilhões em 2023 e se tornou o fundo mais ativo do mundo, segundo a consultoria Global SWF. Só no Brasil foram aplicados US$ 3 bilhões, sendo que US$ 2,6 bilhões foram para a Vale, via uma empresa controlada pelo fundo soberano.