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Arquivo Judiciário, do Tribunal de Justiça de Sergipe, promove exposição e mesa-redonda em celebração ao Mês da Consciência Negra – AJN1

 

O Arquivo Judiciário, do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, celebra o seu aniversário de 40 anos com uma exposição especial em homenagem ao Dia da Consciência Negra. A mostra, aberta ao público durante todo o mês de novembro, traz documentos históricos raros do século XVIII, essenciais para compreender a formação e a contribuição da população negra no Estado de Sergipe, bem como a trajetória de sua luta por direitos sociais.

Entre os destaques da exposição estão inventários judiciais que foram utilizados em uma pesquisa do estagiário Erike Correia, aluno do curso de licenciatura em História da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Sua investigação aborda a gênese da população afro-sergipana, explorando as designações africanas no plantel escravista de Sergipe Del Rey entre 1800 e 1840. A exposição também inclui processos marcantes do acervo, como o testamento de Iria d’Oliveira, uma africana ex-escravizada datado de 1882, uma petição de 1886 solicitando a liberdade de escravizados com base na Lei de 1831, que proibia o tráfico negreiro, e uma ação de arbitramento em que uma mulher escravizada denuncia a negligência de um juiz por não informar sobre a possibilidade de recorrer à lei para complementar, por meio de empréstimo a ser pago em serviços, o valor de sua liberdade.

Complementando a exposição, o Arquivo Judiciário realizará uma mesa-redonda no dia 19 de novembro, às 9h. O evento reunirá servidores, colaboradores e pesquisadores para discutir o contexto histórico e social dos documentos expostos, além do papel dos arquivos institucionais na preservação da memória coletiva.

Erike Correia, responsável pela pesquisa “Entre os nascidos na terra, os vindos de além-mar: Designações africanas no plantel escravista de Sergipe Del Rey (1800-1840)”, participará do encontro para compartilhar suas descobertas e debater a importância da preservação documental para a compreensão do passado e a construção de uma sociedade mais inclusiva e consciente de sua história.

Fonte: TJ-SE

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