Após se enfrentarem na semifinal da CONMEBOL Libertadores de 2023, Internacional e Fluminense se enfrentam pouco mais de um ano depois, dessa vez pelo segundo turno do Campeonato Brasileiro, nesta sexta-feira (8), às 19h (de Brasília), no Beira-Rio. De lá para cá, muitas mudanças da ‘água para o vinho’ nos dois clubes.
Chegadas e saídas de estrelas, crise fora das quatro linhas, demissão de treinadores, medalhões no banco e muito mais. E o ESPN.com.br detalha ao fã do esporte o que aconteceu desde o 2 a 2 que colocou o Tricolor na decisão da competição, que viria a coroá-lo como campeão inédito da América.
O que mudou no Internacional?
Após a eliminação na semifinal da Libertadores, o Inter terminou a última edição do Campeonato Brasileiro apenas em 9º, longe do esperado pelo torcedor.
Dentro do elenco, chegaram ao Colorado alguns nomes que têm se destacado, como o lateral-esquerdo Bernabei e os atacantes Wesley e Rafael Borré. Além deles, também desembarcaram em Porto Alegre o zagueiro Rogel e os volantes Thiago Maia e Rômulo.
Dos 11 titulares que disputaram a segunda partida da semifinal da Libertadores, apenas três se mantêm: o goleiro Rochet, o zagueiro Vitão e o meia Alan Patrick. Enner Valencia, um dos personagens daquela partida pelos gols perdidos, hoje é reserva.
No banco de reservas, Eduardo Coudet foi demitido após derrota para o Juventude, em julho, pela primeira partida da terceira fase da Copa do Brasil. Hoje, Roger Machado comanda o Inter.
Também teve mudança nos bastidores. Magrão, em agosto, diretor esportivo do clube gaúcho, foi desligado após empate por 2 a 2 pelo Athletico-PR.
Com Roger Machado no banco de reservas, o Inter, após ficar com muitos jogos atrasados por conta da tragédia envolvendo as enchentes no Rio Grande do Sul, sofreu apenas duas derrotas, venceu 10 e empatou sete jogos, superou as eliminações na Copa do Brasil e na CONMEBOL Sul-Americana e, hoje, é o 5º colocado do Brasileirão, lutando por uma vaga direta na próxima edição da Libertadores.
O que mudou no Fluminense?
Campeão da Libertadores liderado por Fernando Diniz e os gols de Germán Cano, o Fluminense terminou o Brasileirão em 7º, com o torcedor nas nuvens pelo ano mágico de 2023. Porém, nem o mais pessimista tricolor imaginava o que seria o ano de 2024.
No banco de reservas, Diniz, que havia assumido também a seleção brasileira, foi demitido com 11 rodadas da competição nacional. Com sete derrotas, quatro empates e apenas uma vitória, o treinador foi desligado. Para seu lugar, Mano Menezes foi contratado.
Com o novo treinador, o Fluminense conseguiu uma boa recuperação e, hoje, está fora da zona de rebaixamento, após brigar toda a competição na parte inferior da tabela. O Tricolor é o 14º colocado, com 37 pontos, a três do Athletico, primeiro time dentro da zona de rebaixamento.
Em campo, Cano, artilheiro da Libertadores, e John Kennedy, autor do gol do título, entraram em má fase e foram para o banco de reservas. O argentino tem somente seis gols em 2024, enquanto o jovem marcou apenas três.
Porém, um novo camisa 9 surgiu vindo diretamente da base. Kauã Elias foi testado na equipe principal e ajudou na batalha contra o Z-4. Decisivo em muitos momentos, o artilheiro de 18 anos soma sete gols, quatro decisivos para vitórias.
Pilares da equipe campeã, o zagueiro Nino e o volante André foram negociados com Zenit e Wolverhampton, respectivamente. Por outro lado, Thiago Silva, após anos de Europa, retornou.
Campeão da Libertadores, Marcelo também deixou o clube. Após episódio polêmico com o técnico Mano Menezes no empate por 2 a 2 com o Grêmio, em novembro, o lateral-esquerdo rescindiu o contrato. Conforme apurou a ESPN, busca por regalias, desrespeito e brigas permearam os bastidores da saída.