O dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do Banco da Letônia, Martins Kazaks, disse ser favorável a uma nova redução de juros no encontro de outubro da autoridade monetária, visto que a economia da zona do euro continua “volátil, irregular e fraca”.
Segundo ele, o momento atual propicia que o BCE reduza as taxas em intensidade semelhante nas próximas reuniões, e uma mudança de rota só acontecerá caso “a economia esteja pior que o esperado”.
Em entrevista ao Econostream, ele não se comprometeu com o movimento de dezembro, visto que uma nova gama de dados será utilizada para embasar a decisão.
Kazaks disse também que, embora estejam cortando juros, a inflação doméstica segue elevada no bloco, e isto deve ser avaliado com cautela.
A inflação da zona do euro desacelerou para menos de 2% em setembro pela primeira vez desde meados de 2021, reforçando um argumento já sólido por um corte na taxa de juros do Banco Central Europeu (BCE) neste mês, à medida que a batalha de três anos para controlar a alta dos preços está chegando ao fim.
A inflação nos 20 países que compartilham o euro atingiu 1,8% em setembro, de 2,2% em agosto, mostraram os dados do Eurostat nesta terça-feira (1), em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, principalmente devido à queda nos custos de energia e aos preços inalterados de outros produtos.
Enquanto isso, o núcleo da inflação caiu de 2,8% para 2,7%, devido ao crescimento mais lento dos preços de serviços.