A Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) promoveu na sede administrativa da empresa uma oficina de sabão ecológico, com o propósito de ensinar a transformar o óleo de cozinha usado em sabão sustentável. A ação foi promovida pela Gerência de Vigilância e Controle de Qualidade (GCVQ), sendo voltada aos colaboradores da companhia. Ela contou com as contribuições do biólogo da Deso, Rafael Alves; e da técnica em química, Thaís Santana.
Para Thais Santana, a ação tem grande relevância para a Deso enquanto empresa de saneamento. “Sabemos que nas residências existe o descarte de óleo, então nosso objetivo é conscientizar os colaboradores, recolher esse óleo e fazer a prática da produção do sabão ecológico. Ao trazermos essa iniciativa para a sede, temos como objetivo promover a expansão dessa boa prática, para que a Deso consiga ver o que fazemos e adote no dia a dia, coletando o óleo e transformando esse produto usado em sabão”, explicou.
O projeto
A iniciativa faz parte do projeto ‘Recicla Óleo’, iniciado pelo GCVQ, com o objetivo de expandir a prática a toda força de trabalho da Deso. Ao decorrer da oficina, o colaborador tem acesso a todo o processo para a fabricação do sabão reutilizando óleo de cozinha.
“Com essa iniciativa a Deso contribui para o compartilhamento de um conhecimento importante para o meio ambiente. O pessoal do laboratório está sempre pensando um pouquinho à frente”, destacou o chefe de gabinete da Diretoria de Meio Ambiente e Expansão (DMAE), André Fernando. “Eu mesmo já tenho essa prática em casa, sempre guardo o óleo usado em garrafas pet para a produção de sabão”, acrescentou.
Segundo o químico industrial da Deso, Douglas Santos, é gratificante ver o resultado final do projeto. “Toda vez que estou lavando algo, lembro de todo o processo. Isso é muito bom. É um momento de refletir acerca do meu papel na preservação do meio ambiente. Esse projeto iniciou bem pequenininho mesmo, com o biólogo Rafael, que fazia sabão em casa. Sugeri para que fizéssemos no laboratório, passando o conhecimento para todos do setor. Participamos do prêmio Chico Mendes, e ali entendemos a importância de expandir o conhecimento a todos da Deso”, pontuou ele.
Descarte inadequado
O descarte inadequado do óleo de cozinha usado pode ter consequências em larga escala e se tornar um agente altamente poluente do meio ambiente. Ele causa problemas no encanamento doméstico, dificulta a purificação da água e entope as galerias do sistema de esgotamento sanitário de uma cidade, além de contribuir para o aumento do custo no tratamento do esgoto.
De acordo com o biólogo da Deso, Rafael Alves, a Companhia tem investido em práticas sustentáveis e inovadoras, para conscientizar a população do descarte adequado do óleo de cozinha. “O descarte de óleo na rede de esgoto traz prejuízos e problemas sérios para o sistema de esgotamento sanitário. Estamos mostrando um pouquinho do que já vimos por aí e que são práticas fáceis”, pontuou.
Foto: Ascom Deso