O site Futebol Sergipano tem o prazer de anunciar uma entrevista exclusiva com um ícone do futebol sergipano. Peta deixou sua marca no Confiança, destacando-se como volante e meia e conquistando títulos memoráveis ao longo de sua carreira. Sua trajetória no esporte é repleta de momentos marcantes e desafios superados, e estamos ansiosos para compartilhar suas experiências e perspectivas com nossos leitores.
Prepare-se para conhecer de perto a história fascinante deste talentoso atleta que marcou época nos gramados de Sergipe e além.
Futebol Sergipano: Como você começou sua jornada no futebol?
Peta: Comecei a me interessar pelo futebol aos 6, 7 anos de idade, jogando no quintal do sítio da minha família em Laranjeiras, no povoado Pé da Branca. Meu irmão mais velho, Wellington, começou a jogar em times da cidade e me incentivou a seguir no esporte.
Futebol Sergipano: Qual foi sua trajetória no Confiança?
Peta: Iniciei nos juniores e fui campeão em 1986, quando também fazia parte do time profissional. Conquistei o tricampeonato de juniores e profissional, além de ter sido campeão em 1988 e 1990.
Futebol Sergipano: Você mencionou uma lesão que afetou sua carreira. Como isso aconteceu?
Peta: Tive uma lesão nos ligamentos cruzados do joelho direito aos 20 anos, quando estava em um bom momento da minha carreira. Isso me deixou fora dos gramados por um ano e atrapalhou propostas de outros clubes.
Futebol Sergipano: Qual foi o gol mais marcante da sua carreira?
Peta: O gol mais memorável foi contra o Sergipe, em um clássico. Combinei com meu irmão Wellington, que estava passando por dificuldades na equipe, que se fizesse um gol naquele jogo, o homenagearia. Fiz o gol de falta e fui comemorar com ele.
Futebol Sergipano: Você teve oportunidades de sair do futebol sergipano?
Peta: Sim, antes da lesão, clubes como Botafogo e Cruzeiro demonstraram interesse. Porém, o passe preso e a falta de interesse dos dirigentes em negociar jogadores dificultaram minha saída.
Futebol Sergipano: Como foi sua experiência no Sport e como você lidou com a frustração de não poder permanecer no clube devido ao passe preso?
Peta: Minha passagem pelo Sport foi incrível, especialmente por conquistar o título pernambucano ao lado de grandes jogadores como Juninho Pernambucano, Leonardo, Lima e o goleiro Bosco. Foi uma oportunidade única, porém, a questão do passe preso acabou impedindo minha permanência no clube. Foi uma situação frustrante, pois acredito que teria tido a chance de disputar o Campeonato Brasileiro e até mesmo atuar em equipes de destaque do eixo Rio-São Paulo, seguindo os passos de alguns companheiros de time.
Futebol Sergipano: Como você se adaptou a jogar como volante?
Peta: Inicialmente, atuava como meia atacante, mas após a cirurgia e ganho de peso, o técnico Ailton Rocha me posicionou como volante, onde pude usar minha força e qualidade no passe. Foi a melhor posição que desempenhei em campo.
Futebol Sergipano: Como você vê o futebol atual em comparação com sua época?
Peta: Hoje os atletas têm melhores condições de preparo, com alimentação adequada e estrutura oferecida pelos clubes. Acredito que, com a qualidade técnica que tinha, poderia ter alcançado voos mais altos no futebol brasileiro, até mesmo chegando à seleção.
Futebol Sergipano: Você tem algum conselho para os jovens que estão começando no futebol?
Peta: Meu conselho é que nunca desistam dos seus sonhos e sempre se dediquem ao máximo nos treinos e jogos. O caminho no futebol pode ser difícil, mas com perseverança, determinação e trabalho duro, é possível alcançar o sucesso. Além disso, é importante valorizar a educação e se preparar para o futuro, pois a carreira de jogador pode ser curta e imprevisível.