Dudu deixou o Palmeiras após rescindir o contrato com o clube nesta quinta-feira (12). A longa passagem de quase 10 anos fez o jogador entrar em uma galeria seleta de ídolos na Academia. No entanto, nem sempre o caminho foi de flores, e o ESPN.com.br relembra todo esse período, marcado por glórias e alguns momentos turbulentos.
Contratado em 2015, Dudu chegou de forma bombástica ao Palmeiras. O famoso ‘chapéu’ em Corinthians e São Paulo, que estavam à frente na contratação do atleta, causou um alvoroço inicial na torcida. A partir dali, o resto é história.
Logo no primeiro ano, Dudu até viveu um período turbulento ao agredir o árbitro Guilherme Ceretta de Lima e pegar 180 dias de gancho. No fim, o Verdão acabou vice do Paulistão para o Santos. O camisa 7 teve a pena reduzida e acabou se tornando protagonista do clube na conquista da Copa do Brasil. Na caminhada, foi decisivo com dois gols na semifinal da competição. Diante do Santos, na decisão, revanche do Paulistão e o primeiro caneco importante da era Dudu.
Em 2016, ele virou a ‘cara’ do Palmeiras nos anos seguintes. Se tornou capitão por decisão do técnico do Cuca, pela liderança que tinha internamente, marcou gols e carregou o clube nas conquistas do Brasileirão de 2016 e 2018. Tal protagonismo durou até o fim de 2019, ano ruim para o Alviverde nas grandes competições.
Com problemas pessoais em 2020, Dudu acabou emprestado ao Al Duhail, do Qatar. No entanto, rapidamente voltou ao Palmeiras para fazer ainda mais história no clube. No início, viveu um período difícil com Abel. Mesmo sendo ídolo, não tinha espaço cativo com o português e teve de ‘correr’ atrás da vaga. E conseguiu.
Bicampeão da CONMEBOL Libertadores, em 2020 e 2021, além do Brasileirão de 2022. Dudu escrevia ali o nome na primeira prateleira dos ídolos do Palmeiras.
Só que o ano de 2023 fez Dudu vivenciar os piores momentos pelo Palmeiras. Se a relação com Paulo Nobre e Mauricio Galiotte, ambos ex-presidentes, era excelente, não se pode dizer o mesmo da convivência com Leila Pereira. A renovação contratual acertada em janeiro daquele ano foi o primeiro atrito. Dudu queria três anos, enquanto a diretoria buscava dois anos com possibilidade de prorrogar em mais caso o ídolo batesse metas estipuladas. A ESPN apurou que tal condição fez Dudu se sentir desprestigiado.
Com contrato renovado, Dudu acabou se lesionando em agosto. A grave contusão no joelho fez o atleta ir ‘para o fim da fila’ com Abel Ferreira. Sem ritmo quando voltou, Dudu se considerava pronto antes mesmo de o momento que retornou com a comissão técnica em campo, algo que o desagradou.
Momentos depois, Dudu, completamente insatisfeito, abriu caminho para negociar com outras equipes. E chegou a ser anunciado pelo Cruzeiro como reforço da Raposa. No entanto, o negócio ganhou apelo de uma das principais organizadas de Dudu.
Torcedores foram até a casa do atleta, que decidiu voltar atrás. Na época, Leila deu aceite para o negócio e já contava com a saída do ídolo. A desistência de Dudu estremeceu ainda mais a relação entre as partes.
Decidido a ficar, Dudu esperava recuperar o prestígio no Palmeiras. Só que as chances com Abel seguiram abaixo daquelas que o próprio imaginava por tudo que conquistou pelo Palmeiras.
Ao fim da temporada, as partes decidiram dar fim ao contrato e assinaram rescisão. Dudu, irritado com a postura indiferente da direção, viajou de férias e não participou do distrato. Agora, Dudu está livre no mercado, mas a história com o Palmeiras está escrita.