Adriana Barbosa, que é a idealizadora da Feira Preta, o maior festival afro da América Latina, que já existe há 20 anos, opinou sobre o momento do empreendedorismo da população negra.
Neste ano, o Festival Feira Preta acontece ao longo de todo o mês de novembro e avança até dezembro.
À CNN Rádio, no CNN No Plural, Adriana explicou que ainda há amarras para essa parcela da população, que são pautadas pela discriminação.
“A gente ainda não superou isso, ocorre com mais frequência do que se imagina, há relatos de empreendedores que sofrem discriminação”, completou.
Ela dividiu o relato de que ela própria já sofreu com isso, especialmente em agências bancárias.
De acordo com a especialista, o “racismo institucional ainda atravessa o empreendedorismo”, e isso é evidenciado pela falta de representação de pessoas negras no setor.
Por esse motivo, ela afirmou que investe em pesquisas para “construir uma narrativa positiva” para a população preta que decide empreender e, assim, modificar o processo estabelecido hoje.
Adriana defende que o Brasil “lidera há algum tempo” o processo de emancipação da população negra em diversos segmentos e quebrou paradigmas em várias frentes.
Isso coloca o país como “referência” em um momento de levante negro na América Latina.
Feira Preta
Adriana contou que o evento nasceu para “trazer visibilidade para população negra empreendedora e criativa”, para que pudesse “reunir pessoas para trazer seus produtos, serviços e criações, em áreas como gastronomia, moda e música.”
Neste ano, a programação pode ser conferida aqui.
*Com produção de Amanda Alves
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