Falecido aos 96 anos nesta segunda-feira (12), o ex-ministro da Fazenda Antônio Delfim Netto atuou durante a ditadura militar, entre 1967 e 1974, e ocupou outros cargos, como ministro da Agricultura e do Planejamento, no governo de generais até 1985.
Após o regime, foi deputado federal por vários mandatos e participou da Assembleia Nacional Constituinte.
A condição de ex-ministro da ditadura militar não o impediu de se aproximar da esquerda e se tornar conselheiro econômico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em sua primeira passagem pelo Palácio do Planalto (2003-2010).
Posteriormente, aconselhou também a presidente Dilma Rousseff, de quem passou a ser crítico ao longo dos anos.
Relembre frases icônicas:
“O básico é você dar para a sociedade a expectativa, em dados, de que você vai convergir para o equilíbrio fiscal. O equilíbrio fiscal é a mãe de todos os outros equilíbrios”, em entrevista ao programa Roda Vida, em 2019.
“Não existe milagre, milagre é efeito sem causa, houve trabalho de brasileiros”, em entrevista para a TV Globo, em 2014.
“O crescimento é um estado de espírito. Só cresce quem acredita que vai crescer”, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, em 2014
“A empregada doméstica virou manicure ou foi trabalhar num call center. Agora, ela toma banho com sabonete Dove. A proposta desses ‘gênios’ é fazer com que ela volte a usar sabão de coco aumentando os juros”, em entrevista ao jornal O Globo, em 2013.
“Nós não temos competência para acabar com o Brasil. O Brasil vai sobreviver a todas as bobagens que nós fizermos”, em entrevista a revista Isto É Dinheiro.
“Todos melhoraram, mas alguns melhoraram mais que outros. Quem eram esses que melhoraram mais? Exatamente aqueles que tinham sido privilegiados com educação superior e cuja demanda cresceu enormemente no processo de desenvolvimento”, em entrevista ao jornal O Globo, em 2014.
“Faltou à Constituinte a concepção de que o Estado é simplesmente um instrumento distributivo. Ele é um mau instrumento produtivo”, em entrevista para a revista Veja, em 1988.
“Atribuíram-se ao Estado missões como a de produzir o desenvolvimento tecnológico e regular toda a atividade econômica”, em entrevista para a revista Veja.
“A privatização precisa ser acompanhada da redução da dívida e de esforço honesto de corte do déficit primário, com ou sem recomendação do FMI”, em coluna para o jornal Folha de S. Paulo, em 1998.
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