Plano inovador de resposta a contingências, unindo estratégia operacional e comunicação pública transparente, rendeu à empresa o Prêmio Aberje 2024.
Emergências operacionais sempre aconteceram, mas elas têm se tornado mais frequentes com as mudanças no clima no planeta. O sistema de distribuição de energia elétrica no Brasil é predominantemente aéreo, sujeito às chuvas, raios, tempestades e ao calor, que podem danificar as redes e ocasionar interrupções do fornecimento.
Em 2023, o sistema de monitoramento climático em tempo real apontava que as áreas de concessão da Energisa seriam seriamente afetadas por uma sucessão inédita de eventos climáticos extremos. Mas uma empresa pode gerar um resultado diferenciado quando se antecipa, investe em prever eventos e se comunica com seus clientes.
A forma como as 9 concessionárias do Grupo Energisa trabalharam juntas para aperfeiçoar a comunicação nas contingências rendeu à empresa o Prêmio Aberje de Gestão de Crises Organizacionais, categoria regional, promovido pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, uma referência no setor de comunicação organizacional no país. Este prêmio reconhece as melhores práticas, estratégias e projetos de comunicação realizados por empresas, destacando a inovação, eficiência e impacto na relação com os públicos internos e externos.
Se as empresas do setor elétrico costumam colocar seus esforços em qualidade para cumprir as demandas regulatórias do setor elétrico, a Energisa provou que é possível fazer mais pelo cliente, mesmo na hora de gerir uma crise.
Os desafios para a operação elétrica em diversas regiões do país não apenas aumentaram, mas se tornaram mais imprevisíveis. O que significa na prática? Um bom exemplo é o calor: além de intensificar outros eventos climáticos, ele pode afetar equipamentos elétricos por superaquecimento ou fazer a rede cair por conta do uso excessivo de aparelhos de refrigeração.
Para relembrar apenas alguns momentos dramáticos deste ano, já tivemos no Brasil a grande enchente no Rio Grande do Sul, uma seca severa na Amazônia (a maior em décadas), e incêndios que resultaram na queima de milhões de hectares em vegetação no Pantanal e no Cerrado.
Como fazer frente a tantos desafios? A Energisa investiu num Plano de Contingência abrangente, usando monitoramento climático, mapeamento integral de toda a rede elétrica para prever os efeitos do clima nas regiões de concessão e reuniu todas as áreas para trabalharem juntas no enfrentamento da crise. E realizou uma Comunicação 360º.
Esse plano integrou áreas de Operação, Manutenção, Construção, Institucional, Comunicação, além de um trabalho conjunto com órgãos públicos. Com isso, a empresa conseguiu não só minimizar os impactos operacionais, mas também fortalecer sua reputação e estreitar laços com seus públicos,” explica Fernanda Bolzan, gerente de Comunicação Institucional do Grupo Energisa.
A Aberje reconheceu a iniciativa, que teve como pilar uma estratégia de comunicação robusta e inovadora. Alguns aspectos exemplificam bem a abordagem:
- Canais diversificados: em cada região, as mensagens e canais utilizados foram diferentes, respeitando as características locais. Redes sociais, carros de som, WhatsApp, rádio, campanhas educativas e workshops foram essenciais para alcançar diferentes públicos de forma ágil e eficiente.
- Parcerias estratégicas: trabalho conjunto com autoridades, órgãos como Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, além de manter a imprensa (nacional e regional) constantemente informada com boletins, releases e entrevistas em tempo real.
- Valorização de colaboradores: a comunicação interna reforçou o protagonismo das equipes, destacando histórias individuais e engajando colaboradores como parte ativa da solução.
A Energisa deixou de lado uma comunicação centrada apenas na qualidade do serviço e passou a priorizar a utilidade pública, alinhando mensagens claras e rápidas para clientes, autoridades e colaboradores”, comenta Daniele Salomão, vice-presidente de Gente, Gestão, Sustentabilidade e Comunicação do Grupo Energisa.
É possível fazer uma analogia entre a comunicação e uma rede de distribuição de energia elétrica. Ambas têm em comum o objetivo de impactar pessoas de forma eficiente, confiável e estratégica. Assim como a rede elétrica distribui energia para diversas regiões e consumidores, uma boa comunicação distribui mensagens e valores, garantindo que cheguem de forma clara a diferentes públicos (interno, externo, imprensa, comunidade). Na rede elétrica, é crucial evitar falhas, sobrecargas ou desperdícios; na comunicação, o desafio é similar: transmitir informações precisas, sem ruídos ou excessos, e no tempo certo.
A resposta coordenada prevista no Plano de Contingência permitiu restabelecer o fornecimento de energia em tempo recorde, com até 94% das redes recuperadas em 24 horas, mesmo diante de eventos devastadores”, explica Gioreli de Souza Filho, vice-presidente de Redes do Grupo Energisa.
Essa atuação proativa e transparente levou ao reconhecimento por órgãos como a ANEEL e Defesa Civil, visto que a empresa não só garantiu o fornecimento de energia, mas também mobilizou – dentro de sua estratégia de comunicação – as ações de utilidade pública, ampliando seu papel social e consolidando uma imagem de cuidado e antecipação.
O Prêmio Aberje é mais que um mérito da Energisa em sua capacidade de gerir uma crise de forma integrada. É um motivo de orgulho, pois evidencia a comunicação como ferramenta para gerar os melhores resultados, seja na redução de impactos para os clientes, melhoria da percepção do público ou por sua capacidade de resposta rápida e eficaz. Com essas conquistas, a Energisa demonstrou como uma estratégia bem estruturada de comunicação pode transformar desafios extremos em oportunidades de crescimento.