Nesta quarta-feira (20), um evento organizado pela Winnin propôs debates sobre como a inteligência artificial pode ser utilizada dentro dos negócios de uma forma fora do óbvio.
Reunindo empresas como Google, Magalu, Sanofi, Unilever, Santander, entre outras, o desafio de como tornar sua marca relevante rendeu trocas sobre mapear a audiência para auxiliar na tomada de decisões.
Na internet, 82% do conteúdo consumido é de vídeos, que somam 2,5 bilhões de uploads e 130 trilhões de visualizações. A análise desses conteúdos é essencial para definir o rumo de grandes empresas no mercado.
Gian Martinez, co-fundador e CEO da Winnin, explicou que a plataforma foi criada há 5 anos, quando a IA nem era discutida ainda. Nesse cenário, viu oportunidade para criar um software que conseguisse interpretar tendências de consumo dos vídeos na internet.
Segundo ele, “existe ciência por trás da criatividade”, o que mostra que é possível automatizar processos para entender o que o consumidor deseja daquela marca. Com a tecnologia, é possível definir qual o público-alvo daqueles conteúdos.
“Quando a gente olha para a história dos grandes gênios criativos do mundo: Beatles, Marília Mendonça, ou qualquer outro personagem que se destacou criativamente, todos têm uma coisa em comum que é método, meio, uma forma de trabalhar. Isso ajudou eles a criarem coisas relevantes na cultura de forma constante”, comentou Gian Martinez.
E completou: “A Winnin nasceu desse lugar de acreditar que a criatividade tem ciência, tem método por trás. Antes, o nome disso não era inteligência artificial, era método.”
Entretanto, a adaptação das grandes empresas às tecnologias que usam inteligência artificial nem sempre é fácil. Durante a aplicação dessas ferramentas, o medo da substituição e a resistência em áreas principalmente operacionais podem dificultar a adesão.
“Tem uma situação de vaidade, de ego, de insegurança que bloqueia com que a inteligência artificial tenha o protagonismo e o volume de uso necessário que já poderia existir dentro das empresas”, observou Igor Puga, ex CMO do Santander.
Puga destacou ainda a falta de mão de obra qualificada no país para lidar com as novas ferramentas de inteligência artificial e implantá-las na tomada de decisões dentro dos negócios.
Compartilhe: