Pela primeira vez, Sergipe será palco de um festival de videomapping de grande porte, marcando a abertura do Verão Sergipe 2025. O SE Mapping, que acontece nos dias 11 e 12 de janeiro na Praça Fausto Cardoso, em Aracaju, é uma extensão do consagrado SSA Mapping, realizado há mais de uma década em Salvador. O evento promete unir arte, tecnologia e cultura local em um espetáculo gratuito que transforma espaços públicos em telas de projeção digital.
Com 18 obras de videomapping, o festival homenageará a história e a cultura sergipanas, destacando figuras como os povos originários Kariri-Xocós e a ativista Maria Beatriz Nascimento. Além disso, artistas de todo o Brasil foram convidados a criar projeções exclusivas que transformarão a fachada do Palácio Olímpio Campos em uma vibrante galeria de arte digital.
A diretora criativa do festival, Lívia Cunha, explica que o videomapping utiliza projeções de vídeo adaptadas a superfícies tridimensionais, como prédios e monumentos. “A técnica mapeia os detalhes da superfície, criando efeitos visuais dinâmicos e interativos que se integram perfeitamente ao espaço”, afirma. Segundo ela, essa abordagem é uma ferramenta poderosa para inovar no campo cultural, permitindo que eventos como mostras de arte, lançamentos de discos e sessões de cinema ganhem vida em fachadas e estruturas urbanas.
Além das projeções, o SE Mapping destaca a valorização da cultura sergipana com atrações locais como o cantor Pedro Lua, acompanhado por Nanda de Aquino e Lari Lima; a Orquestra Sanfônica de Aracaju; o Grupo Folclórico Parafusos; e a banda The Baggios, com participações de Sandyalê e Anne Carol. O encerramento será marcado por uma apresentação do tradicional Barco de Fogo.
“Nossa Mostra Nacional de Videomapping reúne mais de 20 artistas de várias partes do Brasil, que mergulharam na cultura sergipana para trazer elementos únicos do estado às projeções na fachada do Palácio Olímpio Campos”, ressalta Lívia. Ela também enfatiza o impacto do festival na descentralização da produção cultural brasileira, tradicionalmente concentrada no eixo Rio-São Paulo.
Programação diversificada
Antes das apresentações principais, o público teve a oportunidade de participar da Oficina de Introdução ao Videomapping, nos dias 9 e 10 de janeiro, no Arquivo Público Estadual. Já nos dias 11 e 12, o evento na Praça Fausto Cardoso incluirá uma feira de economia criativa, gastronomia e instalações artísticas interativas, como “Acaso Surreal”, de Kelly Pires (SP), e “Digital Landscape”, de Homem Gaiola (MG).
Outra atração é o Rolê Ará, passeio guiado pelo pesquisador Osvaldo Neto, que apresentará o patrimônio cultural e a história de Aracaju. As atividades começam às 16h e seguem até as 23h, oferecendo uma experiência imersiva que une arte, tecnologia e cultura.
Com uma proposta que integra tradição e inovação, o SE Mapping pretende consolidar Sergipe como um polo cultural no Nordeste. “Esperamos que essa edição seja o início de uma trajetória que amplie o alcance do festival e fortaleça a cena cultural regional”, conclui a diretora criativa.
O evento promete atrair sergipanos e turistas, posicionando o estado como referência em festivais culturais inovadores. Idealizado pela Baluart Produtora e pela Agência Ilimitado, o SE Mapping é uma realização do Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap), em parceria com o SSA Mapping.
Confira aqui a programação completa.
Por Carol Mundim e Aisla Vasconcelos
