O segundo dia do G20 Social reafirmou a relevância do evento como espaço de diálogo e transformação global. Com mais de 46 mil inscritos e 15 mil credenciados, as atividades mobilizaram representantes de 49 países no Fórum de Favelas e 145 delegações de 29 nações no Y20, consolidando a maior participação já registrada em edições sociais do G20. Em mais de 300 atividades autogestionadas, as discussões abrangeram temas como economia solidária, sustentabilidade e justiça social, gerando propostas que comporão o documento final a ser apresentado neste sábado.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência e coordenador do G20 Social, Márcio Macêdo, destacou a pluralidade de vozes no evento. Ele percorreu os estandes e as 150 barracas da feira cultural, dialogando com participantes de diferentes países. “Fiz questão de ir a todos os espaços, ouvir cada sotaque, cada língua, e o que mais ouvi foi: ‘Meu país está me chamando para ouvir minha opinião’. Essa participação inédita é a essência do G20 Social. Estamos vivendo um momento histórico de protagonismo do povo, que veio com vontade de debater e construir soluções conjuntas”, declarou o ministro, visivelmente emocionado.
O ponto alto do dia foi o lançamento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 18, que coloca a igualdade étnico-racial no centro da agenda global. Márcio Macêdo enfatizou o papel do Brasil na liderança da proposta, ressaltando os retrocessos enfrentados nos últimos anos. “O que fizeram com os ODS no governo passado foi lamentável. Políticas foram desmontadas, compromissos abandonados e o orçamento, cortado. Mas hoje, sob a liderança do presidente Lula, estamos virando essa página. Criamos o ODS 18, reestruturamos a Agenda 2030 e reafirmamos o nosso compromisso com a justiça, a equidade e o combate ao racismo”, afirmou o ministro.
A emoção marcou também a assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre o Ministério da Igualdade Racial e a Caixa Econômica Federal, celebrado durante o evento. O ACT prevê a criação de soluções financeiras inclusivas voltadas para comunidades negras, quilombolas e outros grupos invisibilizados no sistema bancário. “Essa parceria é mais um exemplo do que estamos construindo aqui: dar voz e oportunidades àqueles que sempre foram deixados de lado”, destacou Macêdo.
Com números recordes e um mosaico de debates, o G20 Social reflete o esforço do governo em resgatar o protagonismo da sociedade civil. “Esse evento não é apenas um encontro; é uma celebração da democracia e da diversidade. O Brasil lidera com coragem e propósito, mostrando que é possível construir um futuro onde ninguém fique para trás”, concluiu Márcio Macêdo. O evento segue até este sábado, com a expectativa de consolidar um legado transformador para a agenda global.
Fonte: Assessoria de Imprensa