A inovação é uma porta para novas oportunidades que surgem em diversos contextos sociais, especialmente nas comunidades recifenses, onde projetos inovadores, realizados por entidades públicas e privadas, têm transformado a vida dos moradores. Esse foi o tema central do painel “Comunidades Empreendedoras”, realizado nesta quinta-feira (7) no espaço Sebrae Na Rua, durante o festival REC’n’Play. A discussão contou com a participação de representantes de instituições que desenvolvem projetos inclusivos nas periferias, com destaque para a comunidade do Pilar, no Bairro do Recife.
O fortalecimento de oportunidades empreendedoras não só impulsiona o desenvolvimento econômico, mas também promove dignidade e inclusão para os moradores, ajudando a construir um futuro mais sustentável. Ana Patrícia, moradora do Pilar e participante de vários projetos sociais ligados à geração de renda, destacou o impacto positivo dessas iniciativas. “É muito bom saber que há talentos na comunidade e que eles não estão mais invisíveis. Comecei aprendendo, e hoje consigo ajudar outros empreendedores ao meu redor com várias habilidades. É um conhecimento que se perpetua”, afirmou.
Pedro Verda, CEO da Verda, laboratório global de inovação social, enfatizou a importância de conhecer a realidade local para desenvolver estratégias que promovam a inclusão.
Para transformar um território, preciso entender o espaço e os anseios de quem vive ali. É necessário criar um plano que considere as potencialidades e desafios da comunidade. Essa transformação deve ser pensada coletivamente; por isso, o engajamento de diversos atores é essencial nesse processo.
Pedra Verda, CEO da Verda.
Os participantes do painel compartilharam iniciativas práticas que impulsionam a transformação por meio do empreendedorismo. “Não existe impacto social sem colaboração. Estamos em um parque tecnológico que integra a comunidade do Pilar, e eles fazem parte deste território. Por isso, criamos um laboratório de inovação urbana focado em conhecer a comunidade e extrair o que ela tem de melhor,” destacou Diogo Araújo, representante da César School.
Clara Cavalcanti, representando a Prefeitura do Recife, citou o “Recentro” como exemplo de inclusão socioprodutiva. O projeto busca revitalizar quatro bairros da área central do Recife por meio da atração de empresas e pessoas interessadas em viver na região. “Não podemos melhorar o centro sem considerar os moradores locais. Por isso, mantemos contato direto com a comunidade, oferecendo capacitações em parceria com o Sebrae e a Verda para que também possam atuar na área,” declarou.
O painel “Comunidades Empreendedoras” contou ainda com a participação de Igor Sacha, representante do Instituto Portal, braço social da Igreja A Ponte, que há 10 anos realiza atividades de inclusão na comunidade do Pilar. Ele destacou como essas ações têm colaborado para impulsionar a autoestima e o potencial econômico da região.