Ipesaúde oferece assistência multidisciplinar e humanizada a crianças neurodivergentes

Ipesaúde oferece assistência multidisciplinar e humanizada a crianças neurodivergentes

Nesta segunda-feira, 9, é celebrado o Dia Nacional da Criança com Deficiência, uma forma de chamar atenção da população para o cuidado com o público infantil neurodivergente, que inclui Transtorno do Espectro Autista (TEA), déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), dislexia, entre outras condições. Em Sergipe, o Instituto de Promoção e Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde), consciente da importância da assistência multidisciplinar, disponibiliza aos seus beneficiários o Centro de Terapias Integradas, que exerce papel essencial no desenvolvimento das crianças.

Inaugurado em setembro deste ano, o centro é totalmente estruturado para oferecer às crianças e adolescentes de até 13 anos e 11 meses uma abordagem integrada, com vários especialistas: neuropediatras, psiquiatras, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, psicopedagogos e neuropsicopedagogos. “Contribuímos para a conscientização e valorização da neurodiversidade e promovemos o desenvolvimento das potencialidades das crianças, ajudando na superação dos desafios e na conquista da maior autonomia, por meio de um tratamento humanizado e qualificado, em um espaço amplo e moderno. Trata-se de uma linha de cuidado que vem crescendo muito na sociedade, graças ao avanço da ciência que facilitou o diagnóstico do autismo, do TDAH, entre outras deficiências intelectuais, e o Ipesaúde não ficou para trás”, ressalta a coordenadora do centro, Márcia Fonseca.

A neuropsicopedagoga Quesia Simões destaca que o apoio terapêutico dos profissionais especializados contribui para a inclusão social e educacional das crianças, lembrando sempre que cada abordagem é individualizada. “Aqui pegamos na mão da criança para conduzi-la ao aprendizado, entendendo que cada uma é única. Nos baseamos na especificidade de cada uma. Entramos com abordagens da Neurociência, tudo que ela tem trazido para ajudar essas crianças que têm demandas específicas no tocante à aprendizagem e ao desenvolvimento social pleno. É assim que ajudamos elas a chegar onde quiserem, seja no desenvolvimento da linguagem, em casa, numa universidade”, explica.

Rompendo barreiras 

Rute de Almeida Dantas é mãe de Nicholas Leonardo Almeida, de 12 anos, que tem TEA e TDAH, e relata como o tratamento inclusivo e especializado ofertado pelo Ipesaúde vem contribuindo para o desenvolvimento de seu filho. “O Nicholas vem ao centro duas vezes na semana, para o fono às sextas, e para mais três profissionais, psicólogo, neuropsicopedagogo e terapeuta ocupacional, às terças. Eu estou gostando. Aqui o atendimento é de excelência. Com o tratamento, sinto uma melhora no Nicholas”, informa. 

Rute destaca a importância do Dia Nacional da Criança com Deficiência para conscientizar a sociedade e a necessidade de centros especializados no tratamento de neurodivergentes. Ela descobriu no início do ano as condições de Nicholas. “Ainda existe uma falta de informação de alguns profissionais que não estão voltados para essa área. A psicopedagoga da escola do Nicholas, inclusive, sugeriu que eu desistisse da investigação, pois na escola ele não apresentava problema. Ela me disse: ‘O Nicholas é uma criança maravilhosa, fala com todo mundo, nunca deu trabalho’. E, realmente, é uma criança que, se você botar na carteira, fica ali o tempo todo. Mas acho que isso não é normal. A criança, normalmente, gosta de bagunçar, de quebrar as regras e nunca recebi reclamação do Nicholas”, conta Rute.

Outros comportamentos de Nicholas chamaram atenção de Rute. “Eu perguntava: ‘Nicholas, quem sentou ao seu lado hoje?’. E ele me respondia que não sabia. Ele ficava numa sala com 30 alunos ou mais”, narra. A seletividade alimentar e o bullying foram outros sinais de alerta. “Ele nem experimentava (alimento diferente). Através do cheiro, já tinha ânsia de vômito. Depois veio o bullying. Ele está no 7º ano na escola e eu sentia que estava sofrendo um pouco. O neurologista explica que a inteligência dele está preservada, só que não tem socialidade. Se você não chegar até a ele, não insistir muito, ele não vai ser seu amigo. Esse ano mesmo já baixou muito a média. Mas o médico passou remédio para melhorar a concentração e, através das terapias aqui no centro, ele vem evoluindo”, conta.

Desenvolvimento de atividades diárias

Muitos comportamentos de crianças com autismo e outras neurodivergências são tratados por terapeutas ocupacionais, profissionais que trabalham para melhorar capacidades cognitivas, sensoriais, motoras e sociais no cotidiano dos pacientes. “Temos como objeto de estudo as ocupações humanas e tudo que interfere dentro desse contexto. Observamos e intervimos nessas habilidades que envolvem as atividades diárias. Por exemplo, atendemos crianças com TEA que não conseguem lidar com texturas, com alguns alimentos, não aceitam escovar os dentes, pentear o cabelo. Aqui vamos aproximando essa criança para que ela consiga ter um contato maior com esses tipos de materiais, consiga ter uma autonomia”, explica o terapeuta ocupacional Tiago Santana.

Maria José Alves é avó de Marlon e Matheus, gêmeos de cinco anos com TEA, e sabe bem da importância dos tratamentos multidisciplinares, como a Terapia Ocupacional. Eles são assistidos pelo Ipesaúde. “Estou achando bom o centro. Estou gostando. Está ajudando muito mais na evolução dos meninos”, diz. 

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