A cidade do Rio de Janeiro passou por mais uma situação que colocou a segurança pública em xeque. No meio de uma das avenidas mais importantes da capital, a Avenida Brasil, um tiroteio assustou cidadãos e tirou a vida de três pessoas que estavam a caminho do trabalho, na última quinta-feira (24).
O presidente do HotéisRIO, Alfredo Lopes, insatisfeito com a sensação de insegurança na cidade, afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, que a “indústria do Turismo no Rio está se dissolvendo por conta da violência” e que União, Estado e Prefeitura não se articulam para uma solução efetiva contra o crime organizado.
Alfredo Lopes ainda afirmou que a prefeitura tem responsabilidade ao cobrar ordenamento urbano para tentar coibir a expansão das favelas. Segundo ele, “o Rio foi capital e por isso tem muitas rodovias federais, que deveriam ter segurança. As esferas têm que agir de forma integrada”.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, não gostou. Em sua rede social, já na noite dessa sexta-feira (25), Paes rebateu as acusações feitas pelo presidente do HotéisRIO. Segundo ele, “o senhor Alfredo Lopes mostrou que de fato só conhece a zona turística da cidade”.
“Essa mania da nossa sociedade civil de querer compartilhar culpas e não definir responsabilidades tem limites. O local aonde aconteceu o conflito no dia de ontem é em um bairro popular chamado Cidade Alta, não se trata de uma favela. Trata-se de um conjunto habitacional com ruas largas, prédios com apartamentos populares e muitos equipamentos públicos como escolas e clínicas da família. Ali se iniciou o tal do complexo de Israel que infelizmente abrange bairros urbanizados e com muita qualidade como Brás de Pina e Parada de Lucas. A cidade tem muitos problemas de desordem e favelização que nos trazem consequências ruins. Mas isso nada tem que ver com o que vimos ontem. O que falta é o exercício pleno do monopólio da força do Estado”
Eduardo Paes, em sua rede social X
Eduardo Paes afirmou também que “essa mesma turma é que apoiou e reelegeu em primeiro turno um governo que nunca fez política de segurança pública séria. Tudo isso com o argumento de que teríamos do outro lado forças ‘comunistas’ que iriam entregar o Rio a bandidagem”, disse.
“Não vou mais ouvir calado esses diagnósticos equivocados sob o que se passa no Rio. Cobrem a presença de uma secretaria de segurança pública que tenha ao menos comando sobre as polícias. Cobrem simplesmente uma política de segurança pública. Cobrem da prefeitura e do prefeito aquilo que nos compete na área turística: mais atenção ao comércio ambulante excessivo, menos desordem em nossas calçadas, mais atenção à população de rua, mas respeito as regras de convivência cidadã”
Eduardo Paes, em sua rede social X