O Projeto Cinema de Preto e Branco nos bairros periféricos de Aracaju tem uma nova sessão no próximo domingo, dia 15 de dezembro, a partir das 18h, na área de esportes embaixo da Ponte Aracaju/ Barra, no bairro industrial, zona norte de Aracaju. Com entrada franca, o projeto levará, além das sessões de curtas e longa metragens brasileiros, workshop, roda de conversa, exposição fotográfica e feira de artesanato.
A programação leva a chancela cultural do Terreiro Centro São Lázaro. “O projeto começou no último dia, 27 de novembro, com sessões no bairro Siqueira Campus. Na seqüência, passamos pelo Bugio, Bairro América e finalizaremos este projeto com esta grande exibição no bairro Industrial”, explicou Rosângela Rocha, produtora cultural do Cinema de Preto e Branco.
A iniciativa visa à promoção de espaços de divulgação da cultura e identidade dos povos afro-descendentes. “O projeto colocou a disposição da sociedade aracajuana, de maneira especial às comunidades periféricas, filmes brasileiros que ressaltam a ancestralidade e demais temáticas que evidenciam a cultura negra e diversidade cultural, reafirmamos nosso estar no mundo em parceria com a arte e nossas tradições”, destacou Everton Santos, diretor do Terreiro Centro São Lázaro.
Programação diversificada
Nesta edição de encerramento, o Projeto Cinema de Preto e Branco fechou uma parceria especial com o Projeto Rolê dy Negão. A programação vai contar com a Feirinha Dy Quebrada com artesanato, música, capoeira, além de exposição fotográfica da fotógrafa Alia.
“A exposição fotográfica começa às 15 horas antes das sessões de cinema. As obras são da fotógrafa Alia, que exerce de forma independente seu estudo e trabalho na arte de fotografar, há dois anos. As fotografias de Alia retratam um pouco da experiência adquirida por meio do movimento de rua e dedicação à fotografia artística e criativa, participando de projetos, principalmente ligados à música de Aracaju. Que for conferir perceber um olhar especial sobre a filosofia brasileira do pertencimento, valorização e empoderamento da identidade mestiça e afro”, explicou Rosangela Rocha.
As sessões do Cinema de Preto e Branco começarão às 18h com a exibição dos curtas metragens As Minas do Rap, de direção de Juliana Vicente, 2015, classificação é livre. Na seqüência será exibido o filme Afronta #08 Tasha & Tracie, também da diretora Juliana Vicente, 2017, com classificação livre. Ambos com 14 minutos de filme.
Finalizando as exibições de cinema, o público vai poder acompanhar o longa Black Hill, Black Power, um documentário do diretor Emilio Domingues, 2023, de classificação livre. Todas as sessões contam com acessibilidade, áudio-descrição, libras e legendagem descritiva e movie reading.
O Projeto Cinema de Preto e Branco nos bairros periféricos de Aracaju acontece através do edital 06/2023 Audiovisual Tarcísio Duarte e conta com o incentivo da Funcap/ Governo de Sergipe e da Lei Paulo Gustavo/ Governo Federal.
Texto e foto Miza Tâmara