11/20/2024

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Vitória de Emília abre perspectivas para novas lideranças no estado

A volta da direita ao comando da Prefeitura de Aracaju consagra a falta de competência do prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) em eleger seu sucessor. Parece até que ele cria obstáculos aos aliados para que o eleitorado tenha saudades de suas gestões água-com-açúcar

A eleição da vereadora Emília Correia (PL) para a Prefeitura de Aracaju já era prevista por todos os institutos de pesquisas. A novidade foi a elevada taxa de abstenção registrada no segundo turno das eleições municipais – 25,16% dos eleitores aptos a votar. Ou seja, um quarto do eleitorado decidiu não sair de casa no domingo de eleição.“Emília foi eleita para com 165.924 votos, o que equivale a 57,46% dos votos válidos. O candidato Luiz Roberto (PDT) obteve 122.842 (42,54%) dos votos válidos. Nem mesmo no segundo turno, quando se enfrentam apenas dois candidatos, a vitoriosa conseguiu chegar a números conquistados por outras lideranças em pleitos anteriores.“No primeiro turno, a candidata bolsonarista conquistou nas urnas 126.365 votos, o correspondente a 41,62% dos votos válidos. Já o candidato do PDT chegou em segundo lugar com 72.427 votos, o equivalente a 23,86% dos votos válidos.“Em 1985 Jackson foi eleito com 70,07%; em 1988 Wellington Paixão obteve 57,2%; em 1992, Jackson alcançou 66,0% dos votos válidos; em 1996, João Gama foi o vitorioso com 53% dos votos; em 2000, Déda venceu pela primeira vez com 52,8%, sendo reeleito em 2004 com 71,39% dos votos; Edvaldo Nogueira foi eleito em 2008 com 51,7%; João Alves obteve em 2012 52,7% dos votos; Edvaldo voltou a vencer em 2016 alcançando 52,1%, e foi reeleito em 2020 com 57,8% dos votos válidos.“A vitória de Emília traz de volta ao cenário política a família Amorim, que chegou a se considerar dona do estado entre os anos 2013/2014 em função da debilidade física do então governador Marcelo Déda provocada por um câncer de pâncreas, que acabou provocando a sua morte em dois de dezembro de 2013, aos 53 anos. Em 2014, o então senador Eduardo Amorim foi derrotado por Jackson Barreto, em primeiro turno, num pleito marcado pela arrogância da família, que já havia feito até a divisão dos cargos. Emília representa a extrema direita, que cresceu em todo o país e fortalece os candidatos mais conservadores a disputa pelo governo do estado nas próximas eleições.“Radicado no Brasil e professor na Universidade Mackenzie, o pesquisador italiano Paolo Demuru publicou o livro Políticas do Encanto: Extrema Direita e Fantasias de Conspiração (Elefante), no qual discute conhecimentos relevantes produzidos sobre desinformação e políticas extremistas nos últimos anos.“Em entrevista à BBC Brasil, Demuru afirma que a direita radical é muito bem sucedida no que ele chama de “fantasias conspiratórias”, pois, além de fornecer respostas simples para problemas complexos, essas histórias encantam, fascinam e levam ao êxtase seus adeptos. Para contrapô-las, diz ele, é preciso entender o pensamento mágico e mergulhar nas “políticas do encanto”.“”A extrema direita sequestrou as pautas do trabalho e do desejo”, diz ele. “Forneceu uma resposta para o desejo de pertencimento, de se maravilhar, entrar em transe” de quem vive sob um “sistema de trabalho opressor e um mundo desigual”.“”Fantasias de conspiração são a experiência do maravilhoso no mundo onde a maravilha está em falta”, afirma.“Conhecedor da realidade política sergipana, o ex-petista, médico e pesquisador Antonio Samarone, atual secretário de Cultura de Itabaiana, hoje ligado politicamente aos Amorim através do prefeito Valmir de Francisquinho (PL), entende que a vitória de Emília quebrou o mito na política sergipana de que a máquina pública, o poder econômico, a mídia corporativa e os chefes políticos, juntos, são imbatíveis. “Perderam com folga. O povo de Aracaju deu uma demonstração de cidadania”, comemorou Samarone, que acompanhou Valmir na reta da final da eleição de Aracaju na campanha a favor de Emília.“A volta da direita ao comando da Prefeitura de Aracaju consagra a falta de competência do prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) em eleger seu sucessor. Foi assim em 2012 quando permitiu a ressurreição de João Alves Filho. Venceu, no entanto, quando disputou a reeleição em 2008 amparado no líder popular Marcelo Déda, e em 2020. Parece até que ele cria obstáculos aos aliados para que o eleitorado tenha saudades de suas gestões água-com-açúcar.“Emília Correia, a primeira mulher a ser eleita prefeita de Aracaju, mesmo sendo de direita e ligada aos Amorim, já entrou para a história. A depender de sua gestão pode se transformar numa nova liderança na política sergipana. Mesmo com a bizarra comemoração da vitória com a cara pintada de leão, o que levou a imprensa nacional a compará-la com a excêntrica ministra bolsonarista Damares Alves.

Pintura sobre tela da artista Tarcila Raquel

Saneamento básico

A empresa Iguá Saneamento, vencedora do leilão de concessão dos serviços da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), anunciou a abertura de um banco de talentos com cerca de mil vagas. A previsão é que as primeiras atividades iniciem nos próximos meses e as contratações vão se estender até 2025.
De acordo com a empresa, são oportunidades para atuar em todas as regiões do estado em funções como agente de atendimento, operador de sistema de tratamento de esgoto e água, encanador e outras vagas administrativas e operacionais. Os interessados devem acessar a plataforma da empresa e fazer a inscrição online.
A empresa Iguá Saneamento deverá assumir a exploração por 35 anos de partes do serviço da Deso ainda este ano. O leilão da concessão parcial foi de R$ 4,5 bilhões, dinheiro que deve ser utilizado para realização de obras estruturantes.
Na quarta-feira (30), a Aegea Saneamento, que participou do leilão da Deso, venceu a disputa da Concorrência Pública nº 01/2024, cujo objetivo consistia na concessão plena dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário nos 224 municípios do estado do Piauí, inclusive a capital Teresina. O leilão foi na sede da B3, em São Paulo (SP).

Desemprego em queda

O índice do desemprego no trimestre encerrado em setembro recuou 0,5% frente ao trimestre de abril a junho de 2024 (6,9%) e caindo 1,3% ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (7,7%), de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na quinta-feira (31).
Essa foi a segunda menor taxa de desocupação da série histórica da Pesquisa Nacional a Domicílio (PNAD) Contínua do IBGE, iniciada em 2012, superando apenas a taxa do trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%). Os dados incluem trabalhadores formais e informais, ao contrário do Caged que pesquisa mensalmene apenas o trabalho formal. O Caged em setembro registrou a abertura de 247,81 mil empregos.
De acordo com o IBGE o número de trabalhadores do país subiu para 103,0 milhões, novo recorde da PNAD Contínua. Essa população ocupada cresceu 1,2% no trimestre, ou mais 1,2 milhão de trabalhadores. Na comparação anual, a alta foi de 3,2%, o equivalente a mais 3,2 milhões de pessoas ocupadas.
O número de pessoas que não estavam trabalhando e procuravam por uma ocupação, isto é, a população desocupada, caiu para 7,0 milhões. Foi o menor contingente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015, com recuos significativos nas duas comparações: -7,2% no trimestre, ou menos 541 mil pessoas buscando trabalho, e -15,8% frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, ou menos 1,3 milhão de pessoas.

Entre a Petrobras e o mercado

O senador Rogério Carvalho (PT/SE) criticou duramente o relatório apresentado pelo Senador Laércio Oliveira (PP/SE) ao Programa de Aceleração da Transição Energética (PATEN), acusando-o de comprometer os investimentos estratégicos da Petrobras em Sergipe. Carvalho destacou que a manobra legislativa, inserida de forma arbitrária, ameaça diretamente o desenvolvimento econômico do estado e a segurança energética do país.
“Estamos diante de uma irresponsabilidade legislativa que pode custar caro a Sergipe e ao Brasil. Em vez de avançarmos com projetos que gerariam milhares de empregos e fortaleceriam nossa independência energética, vemos um relatório com um ‘jabuti’ que joga contra o futuro do país e dos sergipanos”, disparou o senador se referindo à inclusão de um novo capítulo no relatório, que altera a Lei do Gás (Lei 14.134/2021), sem qualquer discussão ou estudo prévio, criando uma grave insegurança jurídica para o setor.
Carvalho ressaltou que, no exato momento em que a Petrobras se prepara para licitar a construção de plataformas de produção de gás em águas profundas no litoral sergipano, a emenda introduzida por Laércio inviabiliza os investimentos. “Essa alteração é desastrosa para Sergipe, onde a Petrobras tem projetos vitais como o Sergipe Águas Profundas (SEAP) e o Projeto Raia, que juntos poderiam injetar mais de R$ 80 bilhões na economia e gerar cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos”, afirmou o senador.
“Me espanto que essa proposta tenha vindo logo de um senador sergipano que defende tanto esse setor. Caso isso vá adiante a Petrobras não volta para Sergipe e nós teremos a responsabilidade consignada de quem foi o pai do não retorno da Petrobras ao estado de Sergipe”, acrescentou.
Laércio confirmou que um dos objetivos da proposta é promover a desconcentração de mercado do gás, visando estabelecer um programa de redução de concentração que vai ampliar a competição do setor e reduzir os preços.
“Não é possível aceitar que a Petrobras, visando exercer o domínio total do mercado, compre gás natural de muitos produtores nacionais e também seja o grande agente importador do gás da Bolívia. Ainda mais estarrecedor é o fato de a estatal deliberadamente reinjetar, de forma desnecessária, grandes volumes de gás que poderiam ser escoados e ofertados ao mercado, bem como postergar indefinidamente a implantação de novos projetos, como o Projeto Sergipe Águas Profundas, que poderia trazer a autossuficiência nacional de gás natural, promovendo um choque de oferta e o aumento da competitividade para a indústria brasileira”, respondeu Laércio Oliveira numa veemente defesa do mercado.
A aprovação do relatório de Laércio pode inviabilizar a volta da Petrobras ao estado de Sergipe.

Luto por Eugênio

O jornalista Eugênio Nascimento, 67 anos, morreu na noite de sexta-feira vítima de insuficiência cardíaca. Ele estava internado desde o mês de julho e foi enterrado no Colina da Saudade.
Militante de esquerda, Eugênio iniciou o jornalismo no final da década de 1970, participou da fundação do PT e da CUT em Sergipe, foi corresponde do jornal Folha de S.Paulo e atualmente era diretor de redação do Jornal da Cidade.
Nascido em Salgado, Eugênio se criou e morou quase toda a vida no bairro Siqueira Campos. Deixa mulher, dois filhos e netos.

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