*Milton Alves Júnior
Em greve por tempo indeterminado, conforme oficializado na última sexta-feira (16), profissionais que trabalham nos Correios em Sergipe seguem sem desempenhar as respectivas atividades funcionais como medida de pressão junto ao governo federal. Paralelo à exigência direcionada para a realização de concurso público – fato que não ocorre desde o ano de 2012 -, a classe trabalhadora busca melhorias salariais e melhores condições de trabalho em todas as áreas de atuação. Apesar da mobilização coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios de Sergipe (Sintect-SE), a direção nacional da empresa estatal garantiu na tarde de ontem que os serviços permanecem à disposição dos contribuintes, sem quaisquer contratempos.
Em nota pública a empresa compartilhou em todas as unidades federativas o seguinte comunicado: “Os Correios tem proposto aos empregados ajustes no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), contudo nesta quinta-feira (08), representações sindicais deram início à paralisação das atividades em determinadas localidades do país. A empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para cobrir tais ausências, como remanejamento de profissionais e realização de horas extras, e por isso operam normalmente em todo o País, com 100% das agências abertas e todos os serviços disponíveis, não sendo necessária a dilatação dos prazos de entrega ou ajustes de nível de serviço.”
Ao todo, dez estados decidiram deliberar greve geral; além de Sergipe, a lista consta ainda: São Paulo, Alagoas, Rio de Janeiro, Ceará, Maranhão, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins. “Estamos monitorando o movimento e, prezando pela transparência, emitiremos boletins periodicamente, para mantê-lo informado sobre o cenário. Ressaltamos que os Correios estão neste momento em diálogo com as representações das empregadas e dos empregados, dentro do processo normal de negociação do Acordo Coletivo, e com normalidade em todo o Brasil. Permanecemos à disposição para eventuais esclarecimentos, por meio do seu agente de relacionamento”, completou o comunicado oficial dos Correios.
No decorrer das últimas duas semanas o próprio Governo Federal ofereceu um reajuste salarial linear, mas apenas para janeiro, enquanto a data-base da categoria é em julho/agosto. Além disso, o reajuste proposto seria exclusivo para as funções motorizadas, como carteiros que utilizam veículos, deixando de fora outras funções essenciais, como os Operadores de Equipamento de Segurança Postal (OESP). Em contraponto, a entidade sindical em Sergipe acredita que: “postergar esse reajuste para janeiro nos faz perder a reposição da inflação desde agosto”, informou.